Foose Destruiu Este Lincoln 56 Para Criar Algo Nunca Visto Antes
Chip Foose reinventou um Lincoln Continental 1956 com 530 cavalos de potência, teto conversível e detalhes que só um mestre do design automotivo conseguiria criar. Veja como ele fez isso.

Existem restaurações de carros clássicos. E depois existe o que Chip Foose fez com um Lincoln Continental 1956. A diferença? Ele não restaurou. Ele reimaginou completamente.
Revelado na SEMA 2025 em Las Vegas, este Continental não é um projeto pessoal de Foose. O carro pertence a Pat e Linda Velasco, que tiveram uma ideia genial quando Pat comprou três Continentais originais de 1956. A missão inicial era restaurar um deles. Mas quando Foose visitou a garagem e viu os dois carros extras parados lá, Pat fez a pergunta certa: “Você toparia transformar um desses em um hot rod?”
A resposta de Foose foi simples: claro que sim.
O que começou como uma ideia evoluiu rapidamente. Pat sugeriu cortar o teto e transformar o conversível em um roadster de teto removível. E foi exatamente aí que o projeto ganhou uma nova dimensão.
Um Coração de Supercarro Escondido Sob o Capô
Abra o capô e você encontra um motor BluePrint Engines LS3 de 6,2 litros com impressionantes 530 cavalos de potência. Mas não é apenas sobre força bruta. Foose fez questão de que cada detalhe visual fizesse sentido.
As capas de válvulas são as originais do Lincoln, adaptadas ao motor moderno. Mike Curtis, da Curtis Speed, criou um pré-filtro de ar customizado que replica o design original do Continental, depois cromado para criar um ponto focal visual perfeito.
Enquanto muitos construtores de hot rods enchem o compartimento do motor de cromo e brilho, Foose foi na direção oposta. Ele escolheu um acabamento fosco (satin) para a maioria dos componentes mecânicos, deixando apenas o pré-filtro cromado como destaque. O resultado? Sofisticação e elegância, não confusão visual.
Até a cor dos componentes foi pensada estrategicamente. Um verde satin claro harmoniza perfeitamente com o motor e foi aplicado em todos os elementos visíveis sob o carro—eixo traseiro, braços de suspensão, chassis. Quando você olha para o Continental de qualquer ângulo, tudo conversa entre si.
Nenhum Painel Sobreviveu Intocado
Se tem uma coisa que define este projeto, é a obsessão de Foose pelos detalhes. Literalmente nenhum painel da carroceria permaneceu original. Cada curva foi repensada. Cada linha foi refinada.
O capô, por exemplo, tinha cantos afiados que ultrapassavam os paralamas quando aberto. Problema? Alguém batendo o capô danificaria a pintura. Foose curvou as extremidades e as trouxe para frente. Agora o capô abre sem tocar em nada.
Os faróis foram movidos 5/8 de polegada para frente e meia polegada para cima. Parece pouco? Essas mudanças sutis transformaram completamente a expressão frontal do carro.
Os pára-choques foram estreitados e puxados para trás, criando proporções mais elegantes. As maçanetas das portas originais foram substituídas por modelos do Ford F-100 de 1953-1956, que têm linhas muito mais suaves e se integram perfeitamente ao design renovado.
E o teto? Foi completamente cortado. Foose construiu molduras customizadas que parecem ter saído da fábrica original. Nada de aparência “modificada”. Tudo parece que sempre foi assim.
Na traseira, o poço da roda sobressalente foi rebaixado três polegadas. Isso melhorou a proporção visual e ainda liberou espaço útil.
Interior: Onde o Passado Encontra o Presente
O interior é uma aula de como combinar autenticidade com refinamento moderno. Foose usou o banco traseiro envolvente original de um Thunderbird 1964, mas o reconfigurou completamente com painéis customizados para encaixar perfeitamente no Continental.
A volante é uma obra de arte feita à mão, usando apenas o botão de buzina do Continental original. Como o diâmetro é menor que o de uma volante moderna, Foose criou uma peça cromada no topo da coluna de direção para camuflar qualquer lacuna visual. É o tipo de detalhe que você nem percebe—até notar que deveria haver um vão ali, mas não há.
O painel de instrumentos mantém todos os medidores originais do Continental, mas com faces customizadas construídas por Foose e numeração calibrada por Shannon, da Redline Gauges. O resultado parece fábrica de 1956, mas com um refinamento que o original nunca teve.
A Filosofia Por Trás da Construção
Quando perguntado por que escolheu uma abordagem mais conservadora em vez de encher tudo de cromo, Foose foi direto ao ponto: “Não é necessário fazer tudo brilhante e excêntrico. O importante é manter as coisas simples e elegantes—isso é atemporal e fácil de limpar.”
Essa mentalidade está em cada decisão do projeto. O pré-filtro cromado atrai os olhos, mas tudo ao redor é propositalmente discreto. Não há confusão visual. Seu olhar vai exatamente para onde Foose quer.
O Impacto na SEMA 2025
O Continental foi revelado oficialmente no booth da BluePrint Engines na SEMA 2025, em 4 de novembro, onde Chip Foose deu autógrafos aos fãs. A recepção foi avassaladora. Uma postagem no Instagram do projeto recebeu mais de 73.500 curtidas, com comentários vindos do mundo todo—inclusive do Brasil.
Mais Que um Carro, um Manifesto
Este Lincoln Continental 1956 não é apenas uma restauração ou um hot rod. É um manifesto de design automotivo. É a prova de que a idade de uma máquina não determina sua relevância e que a verdadeira inovação vem de respeitar o passado enquanto abraça a tecnologia moderna.
Cada curva, cada componente, cada detalhe foi pensado com uma intencionalidade que transforma um carro clássico em uma obra-prima contemporânea. Para quem acompanha o trabalho de Chip Foose, este Continental é mais um capítulo em um legado de construções que redefinem o que significa customização automotiva em seu mais alto nível.
E o melhor de tudo? Ele não precisa gritar para ser notado. A elegância fala por si só.
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