Lamborghini Pregunta 1998 conceito ousado que mudou a história da marca
Pouca gente lembra do Lamborghini Pregunta, mas esse conceito de 1998 foi um dos carros mais ousados já feitos pela marca. Ele nasceu em um momento de transição, pouco antes da empresa ser comprada pela Audi.
O projeto não tinha intenção de virar carro de rua. Foi criado para mostrar do que a Lamborghini e a francesa Heuliez eram capazes. O resultado foi um protótipo com design inspirado em jatos de combate e recheado de soluções futuristas para a época.
O nome “Pregunta”, que em espanhol significa “pergunta”, já deixava claro o objetivo: levantar dúvidas sobre o futuro do design e da tecnologia nos superesportivos.
Com apenas um exemplar construído, o modelo virou peça de coleção e continua sendo referência quando se fala em conceitos radicais de fim dos anos 90.

Exterior inspirado em caças
O desenho externo do Pregunta é talvez seu ponto mais marcante. Criado por Marc Deschamps, traz linhas afiadas e agressivas, com forte inspiração nos caças Dassault Rafale. O para-brisa envolvente lembra o canopy de avião, reforçando a ideia de máquina militar adaptada para as ruas.
Na dianteira, o carro exibe oito faróis embutidos, acompanhados por entradas de ar enormes que dominam o para-choque. Esse conjunto dava ao conceito uma cara intimidadora, mesmo parado.
As portas tipo tesoura foram mantidas como tradição da Lamborghini, e ainda há o detalhe de o carro contar com teto removível, o que o transformava em roadster quando desejado. Poucos superesportivos da época ofereciam essa versatilidade.
Na parte traseira, as lanternas segmentadas e o difusor aerodinâmico reforçam o caráter futurista. Outro detalhe curioso é a ausência de retrovisores: o carro usava câmeras digitais ligadas a uma tela no painel, algo revolucionário em 1998.
👉 Ponto positivo: o visual futurista, claramente à frente de seu tempo.
👉 Ponto negativo: a estética dividiu opiniões, muitos consideraram o carro “exagerado” ou até “feio”.

Proporções e materiais
O Pregunta tinha dimensões próximas ao Lamborghini Diablo, mas com ajustes para reduzir peso. Media cerca de 4,5 m de comprimento, 2 m de largura e 1,1 m de altura. O peso ficava na casa de 1.550 kg, um pouco menor que o Diablo original.
A carroceria foi feita em fibra de carbono e compósitos, fabricada pela Heuliez, o que ajudava na rigidez e na leveza. Esse uso intensivo de carbono era raro nos anos 90 e mostrava o lado experimental do conceito.
As rodas OZ Racing exclusivas eram calçadas por pneus Michelin enormes: 235/35 ZR 18 na dianteira e 345/30 ZR 19 na traseira. O conjunto reforçava a postura agressiva.
Outro destaque era a pintura cinza fosca, inspirada em jatos stealth. Isso criava contraste com os detalhes em preto e azul do carro.
👉 Ponto positivo: materiais de ponta que ajudavam a reduzir peso e reforçavam o caráter de protótipo.
👉 Ponto negativo: a visibilidade traseira era muito limitada, mesmo com as câmeras, já que a tecnologia era básica para os padrões atuais.

Interior em clima de avião
O cockpit do Pregunta seguia a mesma lógica do exterior. Tudo foi pensado para lembrar a cabine de um caça. O painel tinha formato envolvente, separando bem o lado do motorista do passageiro.
Os bancos esportivos eram revestidos em Alcântara preta e azul, com cintos de quatro pontos. Isso mostrava que o carro foi feito mais para pista e exibição do que para conforto no uso diário.
A iluminação interna por fibras ópticas criava um ambiente moderno, quase de ficção científica. À noite, dava ao interior um ar ainda mais futurista.
👉 Ponto positivo: experiência única ao volante, que fazia o motorista se sentir em um jato militar.
👉 Ponto negativo: conforto limitado, já que os bancos eram duros e não havia foco em comodidade.

Painel e tecnologia embarcada
No painel, o Pregunta usava um cluster digital da Magneti Marelli, derivado da Fórmula 1. Essa solução era muito avançada para 1998 e trazia informações dinâmicas sobre o carro em tempo real.
Outro detalhe tecnológico era a tela LCD central, que mostrava as imagens das câmeras traseiras, substituindo os retrovisores. Esse sistema também incluía navegação GPS, algo raro em superesportivos daquela época.
O acabamento misturava fibra de carbono, metal escovado e Alcântara, sempre reforçando a inspiração aeronáutica. Até os botões e comandos tinham design parecido com os de cabines de aviões.
👉 Ponto positivo: painel digital e câmeras no lugar dos espelhos, uma proposta visionária.
👉 Ponto negativo: a tecnologia era rudimentar e pouco prática, com baixa resolução e confiabilidade limitada.

Potência, motor e consumo
Por baixo da carroceria futurista, o Pregunta escondia o mesmo V12 5.7 litros do Diablo, recalibrado para entregar 530 cv e mais de 600 Nm de torque. A posição era central-traseira, mantendo o equilíbrio típico da Lamborghini.
O câmbio era manual de 5 marchas, no clássico padrão “gated”, algo que reforçava a herança esportiva da marca. A tração era integral (AWD), garantindo mais estabilidade em acelerações fortes.
O desempenho era digno de superesportivo de ponta: 0 a 100 km/h em 3,9 s e velocidade máxima acima de 333 km/h.
No consumo, o carro repetia a fama dos V12 da época: cerca de 4 km/l na cidade e até 7 km/l em uso rodoviário.

| Especificação | Detalhes |
|---|---|
| Ano de fabricação | 1998 |
| Produção | 1 unidade (protótipo) |
| Motor | V12 5.7L aspirado |
| Potência | 530 cv |
| Torque | 599 Nm |
| 0–100 km/h | 3,7 segundos |
| Velocidade Máxima | 333 km/h |
| Transmissão | Manual de 5 marchas |
| Tração | Traseira |
| Peso | 1.500 kg |
| Consumo médio | 5,6 km/l |
Lamborghini Pregunta frente aos rivais: quem entrega mais?
O Pregunta era mais rápido que a Ferrari F50?
Não. A Ferrari F50 fazia 0 a 100 km/h em 3,7 s contra 3,9 s do Pregunta. Porém, o Lamborghini tinha visual mais futurista e exclusivo.
Como ele se comparava ao McLaren F1?
O McLaren F1 era bem mais potente (627 cv) e chegava a 386 km/h. Mas o Pregunta se destacava pela ousadia no design e pela tecnologia embarcada.
E frente ao Porsche 911 GT1?
O 911 GT1 era homologado para as ruas e acelerava mais rápido. O Pregunta, por outro lado, era peça única, o que aumenta sua raridade.
O Jaguar XJ220 tinha alguma vantagem?
Sim. O XJ220 atingia 343 km/h, ligeiramente acima do Pregunta. Mas em termos de impacto visual, o conceito da Lamborghini ganhava facilmente.
Vale a pena compará-lo com o Bugatti EB110?
O EB110 SS tinha tração integral e mais potência (611 cv), mas seu design era conservador perto da ousadia do Pregunta.

Pontos Fracos do Lamborghini Pregunta
Consumo muito elevado, herdado do motor V12.
Visibilidade traseira limitada, mesmo com câmeras.
Conforto baixo para uso diário.
Ausência de airbags e sistemas modernos de segurança.
Peças e manutenção praticamente impossíveis, já que é carro único.
O Que Tiramos Dessa Análise
O Lamborghini Pregunta nunca foi feito para rodar pelas ruas. Era um laboratório sobre rodas, criado para mostrar ideias radicais de design e tecnologia.
Sua importância está em antecipar soluções que só se tornariam comuns anos depois, como o uso de câmeras no lugar dos retrovisores e painéis totalmente digitais.
Pode não ter sido o mais rápido da época, mas como conceito marcou um capítulo único na história da Lamborghini. Hoje, é uma peça de coleção que simboliza o fim de uma era antes da chegada da Audi.
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