Design Inovador

O Gila exibia linhas musculosas e agressivas, com uma silhueta que mesclava esportividade e robustez. Sua pintura metálica e faróis angulares remetiam a um “monstro” off-road, inspirado no lagarto Gila. A suspensão ajustável, que subia 7,6 cm com um botão, e as rodas de 17 polegadas reforçavam sua versatilidade. O teto retrátil motorizado oferecia três modos: fechado, aberto ou cobrindo apenas os bancos dianteiros, enquanto a tampa traseira de abertura dupla (para cima ou baixo) adicionava praticidade.

Legenda: Hyundai HCD-III Gila Concept com teto retrátil e design off-road (Crédito: Hyundai).
Alt text: Hyundai HCD-III Gila Concept 1995 frontal com faróis angulares e pintura metálica.

Interior Tecnológico

O interior 2+2 do Gila trazia um cockpit futurista, com volante de dois raios e o sistema “Navitac”, uma navegação inovadora para 1995 que exibia mapas no painel. Bancos em couro, acabamentos metálicos e controles automáticos para som, CD player, ar-condicionado e aquecedor elevavam o conforto. Airbags duplos e ABS garantiam segurança, destacando a visão avançada da Hyundai.

Desempenho Versátil

Equipado com um motor 2.0 Beta DOHC 16V turbo de 240 cv a 6.100 rpm e 27,8 kgfm, o Gila usava câmbio manual de 5 marchas e tração integral. Testado no Willow Springs Raceway, na Califórnia, o conceito provou sua capacidade em pistas e terrenos acidentados, com freios a disco ventilados e suspensão double-wishbone. A Hyundai estimava consumo de 15 km/l, notável para um veículo esportivo.

Impacto no Brasil

Embora não tenha entrado em produção, o HCD-III Gila influenciou modelos como o Hyundai Santa Fe (HCD-IV, 1999), lançado no Brasil em 2001 por cerca de R$ 60.000. Segundo a Fipe, Santa Fe usados ainda valem acima de R$ 30.000, refletindo o legado de versatilidade do Gila. O conceito inspirou a Hyundai a investir em SUVs, hoje 40% do mercado brasileiro, segundo a Anfavea.

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