Carros Bem Montados

Ruffian Plymouth GT-1: Chassi de Campeão + V10 Viper = 803 Cavalos Puro

O Ruffian Plymouth GT-1 combina carroceria original de 1935 com V10 Viper de 803hp e chassi de corrida GT-1. Veja como Chris Ashton criou este hot rod insano para a SEMA 2025.

Pintura original com amassados, V10 de 9.0L, chassi GT-1 de corrida. Conheça o Ruffian Plymouth que combina 1935 com tecnologia de pista

Imagine pegar um Plymouth de 1935, manter a pintura original com amassados e tudo, e colocar embaixo um chassi de carro de corrida campeão com um V10 Viper de 803 cavalos. Parece loucura? É exatamente o que Chris Ashton e sua equipe da Ruffian Cars fizeram.

O resultado foi revelado na SEMA 2025, no estande da CTEK, em 4 de novembro, e deixou todo mundo de queixo caído. Este não é um hot rod comum. É uma declaração de que você pode respeitar a história e ainda assim criar algo completamente insano.

A História Por Trás da Criação

O projeto começou quase por acaso. Chris Ashton tinha peças sobrando de outros builds da Ruffian Cars e começou a juntar as coisas. Mas o que era para ser uma construção simples evoluiu para algo muito maior. Como ele mesmo disse, foi como se o carro quisesse existir—todas as medidas e componentes se encaixaram perfeitamente.

A base é uma carroceria original de 1935 Plymouth PJ Coupe, encontrada limpa na Califórnia. E aqui está a parte interessante: a Ruffian não lixou, não repintou, não “restaurou” nada. A pintura azul original foi mantida exatamente como estava, selada com várias camadas de verniz transparente. Até os pequenos amassados e marcas de tempo permaneceram intactos.

Por quê? Porque essas imperfeições contam uma história. Elas provam que este carro viveu, que foi dirigido, que tem alma.

Um Chassi Que Já Provou Seu Valor

Sob essa carroceria histórica está escondido algo extraordinário: um chassi C5 GT-1 original de um carro de corrida aposentado. Não é qualquer chassi. Este pertenceu a um dos carros de corrida mais bem-sucedidos em pistas americanas, testado e comprovado através de incontáveis voltas competitivas.

A suspensão mantém a configuração original do carro de corrida, com braços de controle independentes de comprimento desigual. Os freios? NASCAR. Isso mesmo—freios de nível profissional que podem parar este monstro mesmo em velocidades absurdas.

Para acomodar os pneus de corrida extremamente largos (13 polegadas na frente, 14 polegadas atrás), a Ruffian desenhou novas alas de fibra de carbono personalizadas, inspiradas nos carros LMP1 modernos. Mas elas ainda mantêm referências à forma original da Plymouth, criando uma ponte visual entre 1935 e 2025.

803 Cavalos de Pura Agressividade

O coração deste Plymouth é um V10 do Dodge Viper reconstruído pela Prefix Race Engines. Mas não espere números “normais” de um Viper.

Este motor foi expandido para 9,0 litros (550 polegadas cúbicas) com internos forjados especiais. O resultado final? Impressionantes 803 cavalos de potência rodando em gasolina comum, com 741 libras-pés de torque puro. E tudo isso sem turbo, sem supercharger—apenas aspiração natural rugindo.

O motor está acoplado a uma transmissão Tick TR606 e usa um diferencial flutuante com relação apertada de 4:1, otimizado para performance em pista.

Com o carro completo pesando aproximadamente 2.900 libras, a razão peso-potência é simplesmente brutal.

Detalhes Que Mostram Genialidade

O projeto está cheio de soluções engenhosas que mostram o nível de pensamento por trás desta construção:

Sistema de resfriamento criativo: O radiador foi repositionado para o porta-malas, disfarçado como o pneu de estepe original da Plymouth. Isso liberou espaço no compartimento do motor para o gigantesco V10.

Escapamento assimétrico: Cada lado do escapamento tem comprimento diferente—17 polegadas a mais no lado esquerdo—para compensar a ordem de ignição desigual do V10 Viper. O resultado é um som único e perfeitamente equilibrado.

Direção moderna: Sistema Sweet Dual Power Rack and Pinion integra tecnologia contemporânea com o chassi de corrida original.

Rodas autênticas: As rodas vieram de um carro de corrida de 2002, mantendo o DNA motorsport do projeto.

O Homem Por Trás da Máquina

Chris Ashton não é um construtor de fim de semana. Ele tem 35 anos de experiência em mecânica automotiva e 25 anos de experiência em corridas. Sua empresa, Ruffian Cars (baseada no sul da Califórnia), é conhecida por transformar ideias audaciosas em realidade.

O nome “Ruffian” homenageia um famoso cavalo de corrida dos anos 1970 e significa “perturbador”—perfeitamente apropriado, considerando que a equipe não tem medo de fazer escolhas radicais.

Projetos anteriores incluem o lendário ’70 Mustang Ruffian (que originou o nome da marca) e um ’67 Mustang FIA Fastback aclamado pela crítica.

Feito Para Ser Dirigido

Aqui está o que separa este Plymouth de muitos hot rods de show: ele foi projetado para ser dirigido regularmente. Chris planeja levá-lo a shows de hot rod, eventos de autocross nos fins de semana e dirigir em eventos gerais.

É uma máquina street-legal que pode competir em pistas. Não é apenas bonito—é funcional.

Por Que a CTEK Patrocinou Este Projeto

A parceria com a CTEK (empresa sueca líder em soluções de gerenciamento de bateria) faz todo sentido. Um veículo de desempenho extremo como este depende de gestão elétrica confiável. O estande da CTEK (#23933 no Central Hall da SEMA) apresentou este carro como exemplo perfeito de como a tecnologia moderna de carregamento e gerenciamento de bateria é essencial para builds ambiciosos.

O Encontro Perfeito

O Ruffian Plymouth GT-1 é exatamente o tipo de criação que define a SEMA. Não é apenas um carro bonito parado em um estande. É engenhosidade, respeito pela história automotiva e paixão pura por construção de veículos.

É o encontro perfeito entre nostalgia e inovação. É a prova viva de que a verdadeira arte automotiva não conhece limites de era ou categoria.

Um Plymouth de 1935 com pintura original amassada, escondendo 803 cavalos e um chassi de campeão de corrida. Se isso não é a definição de hot rod perfeito, então eu não sei o que é.

Recomendamos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *