Carros Bem Montados

Kwid E-Tech 2026 muda tudo e traz tecnologia inédita por menos de R$100 mil

O novo Renault Kwid E-Tech 2026 chega com design totalmente renovado, tecnologia ADAS inédita e continua sendo o carro elétrico mais barato do Brasil. Veja ficha técnica completa, desempenho e comparativos.

Renault Kwid E-Tech 2026

O Renault Kwid E-Tech 2026 chega com uma proposta clara: continuar sendo o carro elétrico mais acessível do país, mas agora com cara nova, interior reformulado e muita tecnologia embarcada.

Mesmo custando R$ 99.990, o novo Kwid elétrico evoluiu bastante em visual, segurança e conectividade. A Renault quer mostrar que dá pra ter um elétrico moderno sem gastar tanto quanto nos modelos chineses.

O carro ganhou design totalmente refeito, novos equipamentos e até 11 assistentes de condução — algo impensável na categoria há pouco tempo. Ainda assim, ele mantém limitações conhecidas, como a autonomia modesta e o acabamento simples, mas o pacote agora é bem mais convincente.

Se você busca um elétrico barato, urbano e fácil de manter, o Kwid E-Tech 2026 pode ser o ponto de entrada ideal. Vamos ver em detalhes o que muda e o que ele ainda deve aos rivais.

Exterior renovado: design global e visual mais adulto

O design externo é uma das partes que mais mudou no Kwid E-Tech 2026. A Renault manteve apenas o teto do modelo antigo e refez praticamente todo o resto.

A dianteira ganhou nova grade preta compacta e faixas em black piano, dando um ar mais sofisticado e alinhado com o visual global da marca. Os faróis diurnos em LED em formato “Y” dão identidade forte, enquanto os faróis principais continuam halógenos para manter o custo baixo.

Um ponto positivo aqui é a altura livre do solo de 172 mm, a maior da categoria. Isso ajuda muito nas ruas esburacadas do Brasil, evitando raspadas em valetas e lombadas — algo que elétrico chinês baixo costuma sofrer.

Por outro lado, o design do para-choque que esconde parte dos faróis pode dividir opiniões, além de dificultar pequenas manutenções. É bonito, mas menos prático.

Na traseira, o Kwid E-Tech 2026 ganhou lanternas menores e conectadas por uma faixa preta, lembrando o estilo do Duster europeu. A assinatura em LED deixa o carro mais moderno e fácil de identificar à noite.

Detalhes que fazem diferença no visual

Outro destaque externo é o novo losango Renault, que assume o centro do carro com acabamento preto e transmite uma imagem mais atual. As novas cores Azul Slate e Vermelho Terracota ajudam o modelo a parecer mais jovem e chamativo nas ruas.

O conjunto ficou mais largo, com 1.767 mm, o que melhora a presença visual e a estabilidade. O comprimento também aumentou um pouco, agora com 3.701 mm, o que dá sensação de carro mais encorpado.

O ponto negativo do exterior ainda é a simplicidade dos materiais usados em detalhes, que continuam básicos e denunciam o foco no custo. Mesmo assim, a transformação estética é notável: o Kwid finalmente parece um carro elétrico moderno.

Em resumo, o novo Kwid E-Tech acerta ao evoluir no que mais impacta o consumidor — design, altura e personalidade visual — sem perder o foco em ser acessível.

Interior repaginado: digital e mais funcional

Entrar no novo Kwid E-Tech é perceber que o interior também deu um salto grande. O painel foi totalmente redesenhado, com arquitetura horizontal e novas peças em tons claros que quebram a monotonia.

A grande estrela é o painel de instrumentos digital de 7 polegadas, com mostradores coloridos e personalizáveis. Ele substitui o conjunto analógico antigo e deixa o carro com cara de mais caro.

Outro ponto de destaque é a central multimídia flutuante de 10 polegadas, que agora oferece Apple CarPlay e Android Auto sem fio. A tela é maior, mais rápida e posicionada de forma ergonômica.

Mas há um porém: apesar da boa aparência, o interior ainda é dominado por plásticos duros. Eles são práticos e fáceis de limpar, mas passam uma sensação simples demais quando comparados a rivais como o BYD Dolphin Mini.

O ponto positivo é a melhor organização dos comandos e o novo seletor de marchas tipo joystick, o mesmo usado no Kardian, que substitui o antigo botão giratório e deixa o uso mais intuitivo.

Conforto e tecnologia na medida

O ar-condicionado digital, o volante multifuncional com regulagem de altura e a nova central multimídia ajudam a deixar o Kwid mais prático no dia a dia.

O sistema de conectividade permite monitorar o nível da bateria pelo celular e até programar horários de recarga — recurso antes visto só em elétricos mais caros.

Por outro lado, o volante sem ajuste de profundidade e o banco do motorista com altura fixa continuam limitando o conforto de quem busca uma posição mais ajustável.

Além disso, o carro segue com apenas quatro lugares, sem cinto central traseiro. É suficiente para o uso urbano, mas pode ser um problema para famílias maiores.

No geral, o interior do Kwid E-Tech 2026 é uma mistura de simplicidade funcional com boas novidades tecnológicas — exatamente o que se espera de um elétrico urbano acessível.

Mecânica e desempenho: simples, mas eficiente

O Kwid E-Tech mantém o mesmo motor elétrico dianteiro de 65 cv e 11,5 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão automática de uma marcha. Ele não é rápido, mas responde bem no uso urbano.

De 0 a 50 km/h, o carro acelera em 4,1 segundos, o que é ótimo para trânsito de cidade. Já o 0 a 100 km/h leva 14,6 segundos, mostrando que ele não nasceu para estrada.

A velocidade máxima é de 130 km/h, e o conjunto é leve: 969 kg, o que ajuda na eficiência.

A bateria de 26,8 kWh garante uma autonomia real entre 180 e 185 km, chegando a quase 300 km se rodar apenas na cidade e com direção suave.

O carregamento é simples: em tomada 220V doméstica, leva cerca de 9 horas para ir de 15% a 80%. Com wallbox de 7,4 kW, o tempo cai para menos de 3 horas, e no carregador rápido de 30 kW, apenas 45 minutos.

O ponto fraco aqui é a potência modesta e a ausência do modo “One Pedal”, que muitos elétricos já têm. Mas, pelo preço, o equilíbrio entre desempenho e eficiência é justo.

EspecificaçãoDetalhes
MotorizaçãoElétrico — Motor síncrono de ímã permanente
Potência65 cv (48 kW)
Torque11,5 kgfm instantâneo
Bateria26,8 kWh — Íons de Lítio
Autonomia265 km (ciclo urbano INMETRO)
TransmissãoAutomática (redutor de uma marcha)
TraçãoDianteira
Peso977 kg
Aceleração (0–100 km/h)9,6 segundos
Velocidade Máxima130 km/h
Tempo de Recarga9h (Wallbox 7 kW) / 40 min (DC rápido 30 kW)
Porta-malas290 litros
RodasAro 14″ com calotas aerodinâmicas
Preço EstimadoR$ 149.990 (versão 2026)

Renault Kwid E-Tech 2026 frente aos rivais: quem entrega mais?

O Kwid é mais barato que o BYD Dolphin Mini, mas perde muito em autonomia?
Sim. O Kwid custa cerca de R$ 20 mil a menos, mas tem 185 km de alcance contra 280 km do BYD. Em contrapartida, o Renault é mais leve e melhor adaptado a ruas ruins.

O Caoa Chery iCar anda mais que o Kwid?
Um pouco. O iCar faz o 0–100 km/h em 12,8 segundos, contra 14,6 s do Kwid, mas custa R$ 20 mil a mais.

O JAC e-JS1 tem regeneração mais eficiente?
Tem. O sistema i-Pedal do JAC permite dirigir quase sem usar o freio, coisa que o Kwid não oferece. Ainda assim, o Renault tem tecnologias ADAS que o JAC não possui.

O Fiat 500e é muito superior?
Sim, mas custa o dobro. O 500e é muito mais potente (118 cv) e tem autonomia de 227 km, mas parte de R$ 215 mil. O Kwid é mais simples, mas infinitamente mais acessível.

Vale pagar mais por um BYD Dolphin Mini?
Depende. Se você roda mais de 150 km por dia e busca mais conforto, sim. Mas se o uso é urbano e você quer economia real, o Kwid E-Tech ainda faz mais sentido.

Pontos Fracos do Renault Kwid E-Tech 2026

  • Autonomia limitada, restrita a trajetos curtos urbanos

  • Acabamento interno simples, com plásticos duros e rebarbas

  • Apenas quatro lugares efetivos, sem cinto central traseiro

  • Volante e bancos com pouca regulagem, prejudicando conforto

  • Desempenho modesto, com aceleração lenta e ausência de modo “One Pedal”

Vídeo

O Que Tiramos Dessa Análise

O Renault Kwid E-Tech 2026 evoluiu bastante onde mais precisava: design, tecnologia e segurança. Ele mantém o título de elétrico mais barato do Brasil, agora com um pacote mais completo e visual moderno.

Por outro lado, o carro continua limitado em autonomia, acabamento e desempenho. É um modelo voltado claramente para o uso urbano, ideal como primeiro elétrico ou segundo carro da casa.

A Renault acerta ao oferecer ADAS, conectividade e recarga simples num veículo acessível. Mas se o objetivo é desempenho ou viagens longas, os rivais chineses ainda entregam mais.

No fim, o Kwid E-Tech 2026 é um elétrico honesto, feito para quem quer entrar no mundo dos EVs gastando pouco e sem complicação.

Foto de Danniel Bittencourt

Danniel Bittencourt

Criador de conteúdo automotivo e entusiasta de carros, compartilhando experiências e novidades do setor.

Compartilhe nas mídias:

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *