Maserati MCPura 2026 chega com portas borboleta e motor F1 de verdade
O novo Maserati MCPura 2026 traz design italiano puro, motor V6 biturbo com tecnologia de Fórmula 1 e produção limitada. Descubra tudo sobre este superesportivo que equilibra luxo, exclusividade e emoção de pilotagem.

O Maserati MCPura 2026 não é só mais um superesportivo. É a versão mais pura e refinada do já aclamado MC20, com toques diretos do GT2 Stradale de pista. Lançado no Festival de Velocidade de Goodwood em 2025, ele traz de volta a essência da marca: velocidade pura, luxo puro e paixão pura.
Seu nome já diz tudo: “MC” de Maserati Corse e “Pura” como um manifesto. Não há espaço para concessões ou meias medidas. Tudo foi pensado para entregar uma experiência de condução intensa, mas surpreendentemente usável no dia a dia.
Com apenas 1.475 kg, motor central traseiro e 621 cavalos vindos de um V6 biturbo desenvolvido internamente em Modena, o MCPura é leve, rápido e cheio de personalidade. E, pela primeira vez em um Maserati moderno, ele vem com portas borboleta — um detalhe que transforma até estacionar em um espetáculo.
A produção é limitada: só 130 unidades chegarão à América do Norte. Cada uma numerada, artesanal e feita na histórica fábrica de Viale Ciro Menotti, onde Maseratis nascem há mais de 80 anos.
Se você busca um supercarro que não precise de pista para brilhar — mas que também não se intimide nela — o MCPura pode ser exatamente o que faltava. Vamos ver por quê.
Design que respira pista, mas vive na rua
O MCPura mantém a silhueta inconfundível do MC20, mas com cada linha mais tensa, mais proposital. São 4,67 metros de comprimento, 1,96 de largura e apenas 1,22 metro de altura — uma postura baixa que parece colada ao asfalto mesmo parado.
Cada curva da carroceria foi lapidada em mais de 2.000 horas de túnel de vento. Não é só beleza: o “nariz de tubarão” dianteiro, as saias laterais em preto brilhante e o difusor traseiro com geradores de vórtice têm um único objetivo: dominar o ar, não apenas cortá-lo.
As rodas forjadas de 20 polegadas com desenho “Cyclonic” não são só estética. Elas ajudam a canalizar o fluxo de ar para os freios e radiadores, mantendo tudo frio mesmo sob pressão. E, pela primeira vez, há a opção de um spoiler traseiro superdimensionado, igual ao do GT2 Stradale de pista.
A carroceria usa fibra de carbono exposta em áreas estratégicas, como nas entradas de ar laterais e no teto. Isso não é só para impressionar — reduz peso e mostra que o carro é feito para correr, não apenas para ser visto.
Um dos maiores acertos é como o MCPura equilibra agressividade e elegância. Ele não grita, mas sussurra com autoridade. Mesmo parado, transmite movimento. E as portas borboleta, além de práticas, viram um ritual de entrada digno de cinema.
Ponto positivo: Aerodinâmica funcional aliada a um design emocionalmente italiano.
Ponto negativo: Pontos cegos substanciais, especialmente nas rotatórias — comum em superesportivos, mas frustrante no dia a dia.
Cores que mudam com a luz e detalhes que contam histórias
A paleta de cores do MCPura é uma das mais criativas do segmento. Através do programa Fuoriserie, são mais de 30 opções, incluindo acabamentos fosco, tricamada e até quadricamada. Algumas mudam de tom conforme a incidência da luz.
Destaque para a Ai Aqua Rainbow, uma cor inspirada em prisma que decompõe a luz branca em todas as suas cores. No coupé, ela vem fosca; no Cielo, brilhante. E há ainda a Devil Orange, uma homenagem a Maria Teresa De Filippis, primeira mulher a se qualificar para um GP de Fórmula 1.
Os faróis LED não são só modernos — são inteligentes. Com sistema automático de alta intensidade, luzes diurnas e assistência de curva, eles garantem visibilidade sem ofuscar outros motoristas. Até os indicadores nos espelhos são integrados com elegância.
A traseira ganhou novo splitter e difusor redesenhados, com canais extras que aumentam a força descendente sem adicionar arrasto. Isso significa mais aderência em alta velocidade, sem sacrificar eficiência.
E, claro, as portas borboleta continuam sendo o detalhe mais icônico. Elas não só facilitam a entrada em um habitáculo apertado, mas revelam seções expostas do cockpit em fibra de carbono — um lembrete constante de que este carro nasceu nas pistas.
Ponto positivo: Personalização extrema com cores únicas e significado histórico.
Ponto negativo: Espelhos retrovisores pequenos e visibilidade traseira limitada — exigem mais atenção ao manobrar.
Interior feito para envolver, não apenas impressionar
Dentro do MCPura, tudo é Alcantara. Do teto ao console, passando pelos bancos e pelo volante, o material cobre cada superfície. Isso não é só luxo: a Alcantara oferece mais aderência que o couro, essencial em curvas rápidas, e reduz reflexos no painel.
Os bancos têm logo do Tridente gravado a laser nos encostos, com acabamento reversível iridescente — vermelho com azul ou azul com vermelho — que muda conforme o ângulo de visão. É um toque futurista que dialoga com as cores externas.
O volante é inspirado no GT2 de corrida, com topo e base achatados, coberto em Alcantara e com paddle shifters fixos. Na versão coupé, há opção com fibra de carbono nua e luzes LED indicadoras de mudança de marcha embutidas nos raios.
O console central é minimalista: poucos botões, um controlador rotativo grande para os modos de condução e outro para o áudio. Tudo foi pensado para manter o foco na direção, sem distrações digitais excessivas.
Apesar do minimalismo, o interior não é frio. Pelo contrário: há uma sensação de intimidade e envolvimento, como se o carro abraçasse o motorista. Cada detalhe parece feito à mão — porque, de fato, muitos são.
Ponto positivo: Acabamento em Alcantara total, com toque esportivo e funcional.
Ponto negativo: Design interior não atinge o padrão esperado para um carro acima de US$ 250 mil — parece menos sofisticado que o GranTurismo.
Tecnologia discreta, mas presente
O MCPura usa duas telas de 10,3 polegadas: uma para o painel digital e outra para o infotainment. A interface é baseada no Google Automotive, com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Tudo está ali, mas sem invadir a experiência de pilotagem.
O sistema Maserati Connect permite monitorar o carro 24/7 via smartphone ou smartwatch. Você pode localizar o veículo, verificar a saúde do motor ou até ligar remotamente — útil em dias frios ou quentes.
O áudio padrão tem seis alto-falantes, mas o opcional Sonus faber de 12 alto-falantes e 695W é uma experiência à parte. Projetado para reproduzir som natural, ele foi premiado pela EISA como o melhor sistema automotivo de 2021–2022.
Na versão Cielo, o teto de vidro PDLC é uma inovação de classe. Com um toque na tela, ele muda de opaco para transparente em um segundo. O problema? A função está escondida no menu — não há botão dedicado, o que torna a operação menos intuitiva.
O espaço de carga é mínimo: apenas 142 litros no total (100L traseiro + 50L dianteiro). E atenção: nada sensível ao calor deve ir no porta-malas traseiro, por causa da proximidade com o motor.
Ponto positivo: Sistema Sonus faber premium e conectividade avançada com Maserati Connect.
Ponto negativo: Tela touchscreen pouco responsiva e teto do Cielo difícil de operar rapidamente.
Motor F1, tração traseira e alma italiana
O coração do MCPura é o motor Nettuno V6 3.0L biturbo, desenvolvido inteiramente em Modena. É o primeiro motor próprio da Maserati desde 2000, e traz uma tecnologia patenteada de pré-câmara de combustão com velas duplas — direto da Fórmula 1.
Esse sistema permite uma combustão mais eficiente, com resposta imediata do acelerador e entrega de potência quase telepática. O resultado? 621 cavalos a 7.500 rpm e 730 Nm de torque já a partir de 3.000 rpm — o suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos.
A transmissão é uma DCT de 8 velocidades da Tremec, com trocas em 80 milissegundos. A tração é traseira, com diferencial eletrônico de deslizamento limitado, e a distribuição de peso é 48% dianteira / 52% traseira — ideal para equilíbrio dinâmico.
O chassi usa monocoque de fibra de carbono pesando apenas 100 kg, o que ajuda a manter o peso total em 1.475 kg (coupé). Isso dá uma relação peso-potência de 2,33 kg/CV, uma das melhores da categoria.
O consumo é modesto para um superesportivo: 18 mpg combinado (EPA) ou 13,07 L/100km. Com um tanque de 60 litros, a autonomia chega a 521 km. Não é econômico, mas é razoável considerando o desempenho.
| Item | Especificação |
|---|---|
| Motor | V6 3.0L biturbo Nettuno |
| Potência | 621 hp @ 7.500 rpm |
| Torque | 730 Nm @ 3.000–5.500 rpm |
| Transmissão | DCT de 8 velocidades |
| Tração | Traseira (RWD) |
| Peso (coupé) | 1.475 kg |
| 0–100 km/h | 2,9 segundos |





