Chrysler 300 Hurst 1970: um muscle car raro que virou peça de colecionador

O Chrysler 300 Hurst 1970 é um dos muscle cars mais curiosos da sua época. Produzido em pequena escala, misturava luxo e potência em um pacote imponente que acabou se tornando raridade. Hoje, é lembrado como um carro de nicho, pouco conhecido, mas muito valorizado entre colecionadores.

História do Chrysler 300 Hurst

Lançado em 1970, o 300 Hurst foi pensado como uma espécie de homenagem à famosa série Chrysler 300 Letter, que havia sido descontinuada em 1965. A Chrysler se uniu à Hurst, conhecida pelos câmbios manuais de alto desempenho, mas o carro em si não recebeu esse componente.
Foram fabricadas apenas cerca de 485 unidades, o que explica sua raridade atual. O modelo não teve grande campanha de marketing, e por isso muitos sequer sabiam da sua existência na época.

Modelos de destaque

O 300 Hurst era oferecido apenas na carroceria cupê, sempre pintado em dois tons: creme e bronze. O motor era um V8 440 ci (7.2 litros) com 375 cavalos de potência, acompanhado por detalhes exclusivos como:

• Capô e tampa do porta-malas em fibra de vidro.

• Spoiler traseiro de caráter mais estético que funcional.

• Interior luxuoso com bancos individuais de couro retirados do Chrysler Imperial.

• Painel em tom marrom claro, rádio AM/FM e toca-fitas de 8 faixas.

O carro no geral

Na prática, o Chrysler 300 Hurst era um muscle car de luxo: forte, grande e chamativo, mas também pesado e pouco prático. Em 1970, o mercado já estava se afastando desse tipo de carro, o que explica as vendas baixas. Hoje, o modelo é visto como uma mistura de dinossauro sobre rodas e tesouro de colecionador, já que poucos sobreviveram em boas condições.

Concorrentes da época

Na virada dos anos 70, o 300 Hurst disputava espaço com outros muscle cars de luxo. Veja a comparação de potência com rivais diretos:

• Pontiac Grand Prix SJ 1970 – V8 455 ci, 370 cv

• Ford Thunderbird 1970 – V8 429 ci, 360 cv

• Buick Riviera GS 1970 – V8 455 ci, 370 cv

• Oldsmobile Toronado 1970 – V8 455 ci, 375 cv

O Hurst se mantinha competitivo em força, mas seu porte avantajado e baixa produção limitaram seu apelo no mercado.

5 pontos negativos do Chrysler 300 Hurst

1. Peso elevado – afetava aceleração e consumo.

2. Consumo alto – típico de V8 grande, gastava muito combustível.

3. Pouca divulgação – quase não foi anunciado, o que reduziu vendas.

4. Mercado limitado – luxo combinado a desempenho não era tendência em 1970.

5. Baixa produção – peças de reposição e exemplares são raríssimos hoje.

Ficha técnica Chrysler 300 Hurst 1970