Corsa B 1995 Mystic Magenta ganha motor 1.7 turbo diesel do Astra

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O Opel Corsa B 1995 recebeu uma personalização ousada e, sem dúvida, roubou a cena no Drop de 5.0, em Ponte de Lima, Portugal. O proprietário, Miguel Santos, trouxe um projeto que une estilo, exclusividade e mecânica pouco comum para os padrões brasileiros.
O carro se destaca logo de cara pela cor escolhida, um tom Mystic Magenta da Seat, que não passa despercebido. Além disso, a configuração chama atenção porque combina detalhes de design europeu com toques inspirados em projetos brasileiros, já que os para-choques GSI são muito valorizados no Brasil.
Outro ponto que chama a atenção é o motor. O Corsa nasceu como 1.5 turbo diesel, mas agora carrega um propulsor 1.7 turbo diesel do Astra F, algo que brasileiros não estão acostumados a ver, já que o modelo nunca foi oferecido no país nessa configuração.
Esse projeto vai além de simples modificações, é uma mistura bem pensada de estilo, desempenho e identidade.
Exterior com personalidade marcante
Na parte externa, o Corsa B mostra um trabalho cuidadoso. A cor Mystic Magenta, retirada da paleta da Seat, encaixou perfeitamente no pequeno hatch. Miguel se inspirou em um carro que viu na rua, buscou o código da tinta e aplicou no Corsa. O resultado é único e diferente do que se vê nos encontros tradicionais.
O conjunto visual conta com para-choques do modelo europeu GSI, um detalhe que gera identificação imediata com o público brasileiro. Enquanto em Portugal esse visual é comum, no Brasil os entusiastas valorizam muito esse design. Isso faz do carro um verdadeiro objeto de desejo para quem acompanha a cena automotiva.
Outro ponto que se destaca são os faróis com vidro liso e máscara negra, que dão ao carro um olhar mais agressivo e moderno. Esse detalhe faz diferença no conjunto e reforça o tom esportivo que o proprietário buscou.
As rodas também merecem destaque. Miguel optou por um jogo inspirado no Abarth, pintadas em uma cor que harmoniza bem com a carroceria. Esse acerto visual mostra como pequenas escolhas podem valorizar um projeto inteiro.
Um ponto positivo do exterior é justamente a exclusividade da cor e do kit de rodas. Já um ponto negativo, que pode ser observado, é que a tonalidade magenta exige mais cuidados com limpeza e manutenção, além de ser difícil de repintar em caso de retoques.
Detalhes externos que chamam ainda mais atenção
O Corsa também impressiona por pequenos detalhes. O teto solar original, que já vinha nessa versão Sport, é um extra que valoriza ainda mais o carro. Poucos modelos da época ofereciam esse tipo de recurso de fábrica, o que torna esse exemplar ainda mais raro.
Outro detalhe que se encaixa bem no conjunto é a opção pelas lanternas clear, mantidas originais, sem alterações exageradas. Essa escolha mostra equilíbrio entre personalização e preservação da identidade do carro.
O para-choque traseiro também segue a linha do GSI europeu, reforçando o estilo esportivo sem cair em exageros.
De modo geral, o exterior desse Corsa equilibra personalização com autenticidade. Nada foi colocado de forma aleatória, e isso se reflete no resultado final.
Interior com estilo e conforto personalizado
Abrindo a porta do Corsa, fica claro que o interior recebeu a mesma atenção que a parte externa. Miguel buscou inspiração em projetos de carros maiores, como o Audi A3, para definir o padrão dos bancos.
Na dianteira, os assentos vieram de um Vectra B GSI, enquanto atrás permanecem os bancos originais, mas todos receberam novo revestimento. O trabalho foi feito em couro misturado com alcântara, material muito usado em carros esportivos e de luxo.
O acabamento segue para as portas, com a mesma costura aplicada nos bancos. Essa harmonia no revestimento valoriza o projeto e mostra cuidado nos detalhes.
O volante é outro item que chama atenção. Original do Corsa GSI, ele foi reestofado para combinar com o novo padrão do interior, entregando um visual clássico e esportivo ao mesmo tempo.
Ponto positivo aqui vai para a escolha do material e acabamento, que deixaram o interior moderno e confortável. Já o ponto negativo pode ser a manutenção, já que couro e alcântara exigem cuidados específicos para manter a aparência nova.
Interior que une som e funcionalidade
O sistema de som também foi projetado com atenção. Miguel instalou equipamentos da Focal, conhecidos pela qualidade de áudio, além de uma caixa slim no porta-malas, solução inteligente já que o espaço do Corsa não é generoso.
A suspensão a ar foi instalada no compartimento do estepe, aproveitando bem o espaço. E para dar um toque especial, o proprietário mandou fazer uma garrafa personalizada com a mesma costura dos bancos, usada para camuflar a botija do ar.
Essa integração entre estética e funcionalidade mostra como o interior foi planejado. Nada ficou fora do contexto, tudo se conecta de forma lógica.
Motor, potência e consumo
O ponto mais curioso do carro está no motor. O pequeno Corsa recebeu o propulsor do Astra F 1.7 turbo diesel, fabricado entre 1993 e 1999. No Brasil, motores a diesel em carros de passeio não são permitidos, o que aumenta ainda mais o interesse dos entusiastas brasileiros.
A configuração é praticamente original, com a adição de um intercooler do Corsa D 2005 e leves ajustes na bomba de combustível. Miguel abriu a bomba apenas o suficiente para gerar um pouco de fumaça preta, sem exageros, evitando multas e mantendo o consumo equilibrado.
Essa escolha garante confiabilidade no dia a dia, já que o motor não foi preparado para altas potências, mas sim para rodar de forma durável.
Em termos de desempenho, o 1.7 turbo diesel entrega força suficiente para movimentar bem o carro, especialmente em rotações baixas. O consumo é outro ponto positivo, já que os motores diesel são reconhecidos pela economia em longas distâncias.
No entanto, a ausência de um som esportivo, típico dos motores a gasolina, pode ser considerada um ponto negativo para quem busca experiência sonora.
Especificação | Detalhe |
---|---|
Modelo | Opel Corsa B 1995 Sport |
Motor | 1.7 Turbo Diesel (Astra F) |
Potência | Aprox. 68 cv (original) |
Torque | 13,5 kgfm |
Intercooler | Corsa D 2005 |
Transmissão | Manual de 5 marchas |
Consumo médio | 16 a 18 km/l |
Tração | Dianteira |
Suspensão | A ar personalizada |
Peso aproximado | 1.000 kg |
Pontos Fracos do Opel Corsa B
Cor exclusiva é difícil de retocar em caso de arranhões.
Motor diesel não tem som esportivo que muitos apreciam.
Espaço interno limitado, especialmente no porta-malas.
Manutenção de couro e alcântara exige cuidado constante.
Suspensão a ar pode aumentar custos de manutenção.
O Que Tiramos Dessa Análise
O projeto do Opel Corsa B 1995 Mystic Magenta mostra como é possível unir estilo, exclusividade e um toque de ousadia sem perder a identidade original do carro. O dono soube equilibrar visual, conforto e mecânica, criando um hatch que chama atenção em qualquer encontro automotivo.
O grande destaque está no conjunto geral. O motor diesel pode não ser comum no Brasil, mas entrega economia e robustez. O interior, por sua vez, recebeu materiais de qualidade e um acabamento digno de carros de categorias superiores.
Apesar de alguns pontos negativos, como o espaço reduzido e a manutenção exigente, o carro se consolida como inspiração para quem gosta de projetos personalizados bem feitos. É um exemplo claro de como detalhes bem escolhidos transformam um modelo simples em algo realmente especial.

Danniel Bittencourt
Criador de conteúdo automotivo e entusiasta de carros, compartilhando experiências e novidades do setor.